Corredores

Hime, em condições normais, daria ao menos um sorriso. Kai sabia animá-la, era um fato. Mas dessa vez, apenas se sentiu melhor. Ainda se espelhava muito em Kanae, mas Kai podia ter razão. Não era necessariamente bom.

Levantou sua outra mão, enlaçando seu corpo com o de Kai. Seus braços davam uma volta pelo corpo do mesmo, juntando-se no pescoço dele. Não sabia se era confortável para Kai, mas ela se sentia bem assim -e mais aquecida. Só a incomodava o fato dos seus seios roçarem no tórax dele enquanto andavam. Se conheciam a alguns anos, e eram amigos. Hime achou que não teria problema.

- Obrigada. - disse, sem olhar para ele.

Kai sorriu ao ver que Hime estava melhor. Viu que esta se abraçava cada vez mais a ele. Provavelmente, devia estar morrendo de frio.
- Está mesmo com tanto frio assim?

Finalmente hceg\aram ao corredor que dava para os dormitórios.

Hime sibilou.
- E-estou. - disse, mordendo os lábios. Claro que sentia frio. E estar junto de alguém daquele jeito, a deixava aquecida. Além do mais, aquele era o frio e rígido Japão. Não tinha muitas pessoas que pudesse fazer isso sem parecer estranha.

Então chegaram aos dormitórios, no corredor deles. Hesitou, mas tirou os braços de Kai.

Foi andando, um, dois, três passos desengonçados em direção ao seu quarto. Mas de súbito, parou. Havia de agradecê-lo. Virou seu rosto para Kai. Primeiro o fitou por alguns instantes, e depois... sorriu. Corou, mas sorriu, bem largo.

Não demorou para desviar o olhar.

Kai sorriu de volta para Hime. Viu esta andar, quas ecambaleando, devido aos saltos, até o próprio quarto.

Tsumiko e Kazuya chegaram logo aos corredores. Tsumiko andava rápido, olhando para cada intersecção, mas nada via de Yuu. E isso a deixava preocupada.

Parou então, lentamente. Começou a tremer, sentindo o frio sobre si. Isso dificultava seu movimento.

- Droga. - murmurou baixinho, para si.

Cruzou os braços, enquanto pôs-se a pensar. Eram vários os lugares que Yuu poderia ter ido. Mas Tsumiko não conhecia direito a escola... talvez se perdesse se fosse procurar lugar por lugar.

Sua cabeça foi à luz quando seu celular vibrou, indicando uma nova mensagem. Tsumiko nem leu a mensagem de momento. Pelo contrário, pegou o telemóvel, e procurou o número de Yuu. Discou.

- Yuu!? - perguntou sem demoras quando este atendeu. Tsumiko escutou Yuu falar ao longe, meio gaguejando, e soluçando. Parecia que ele estava... chorando. - Onde você está?! - estava quase desesperada. O garoto parecia hesitar para falar onde estava, mas por fim, falou. - Eu estou indo praí. - concluiu, encerrando a ligação.

Tsumiko, só então, virou-se para Kazuya. Estava um pouco cansada, também. Fazia tempos que não corria e ficava daquele jeito.

- Kazuya... - disse, parando para recuperar o fôlego. - Vamos ao quarto de Yuu.

Tsumiko andava aflita vagueando pelos corredores, Kazuya seguia-a. Se ela não sabe onde ele está eu muito menos

Quase que ia chocando contra ela, Tsumiko parou estava a tremer de frio e 'abraçar-se' na tentativa de criar calor, Kazuya tirou o casaco do uniforme e meteu-o nos ombros da rapariga.
- Assim está melhor - sorriu como ela sorriu para ele da outra vez, tentando retribuir o conforto mas foi interrompido pelo telemóvel dela.

Tsumiko marcou o número do Yuu. Atendeu menos mal.

Era cedo demais para ficar aliviado, a expressão de preocupação no rosto da Tsumiko intensificou-se durante a chamada. Seja lá o que estão a conversar algo de bom não aconteceu.

Ela pediu-lhe para irem directos para o quarto do Yuu. Kazuya não hesitou, começava a ficar bastante preocupado.
Não vem coisa boa... Pensava Lice enquanto iam a caminho do quarto do Yuu.

Jun ia a caminhar pelos corredores da escola quando ouviu os alunos falarem duma palestra que se ia dar na sala de conferencias. Ele ainda era novo portanto andava pelos corredores à procura de um lugar silencioso onde pudesse ver a escola toda, tal como o telhado, como nao encontrou decidiu ir para o dormitório vestir o uniforme e ir assistir à palestra.

-Bem, ouviste?? - diz ele para Tenshi

-Sim, portanto toca a despachar! - diz Tenshi

-Hai Hai! - diz ele começando a dirigir-se na direcçao do dormitório.

Souma não entendeu muito bem o que havia acontecido mas resolveu não se importar. Continuou andando, sem um rumo definido.

Lexi saiu andando com Sam. Quando estavam numa ddistância razoávelm agradeceu a ele.
- Obrigado, salvou minha vida.

Hime saiu do auditorio, e foi enrolando seu caminho pelos corredores. Nao tinha fome, mas tambem nao tinha vontade de fazer nada.

Andava, um pouco saltitante, pensando no que fazer. Achou melhor adiantar os exercicios que passaria aos alunos, entao foi indo em direcao a sala dos professores.


Tsumiko nao demorou para notar que Lille nao havia a seguido. Ainda devia estar no auditorio, afinal.

De qualquer maneira, agora andava pelos corredores da escola, indo em direcao a sala do clube de artes.

nao viu nenhum rosto conhecido pelo seu caminho.

Assim que ia abrir a porta para o recinto, sentiu seu celular vibrar. Respondeu, ignorando o que o garoto havia falado. Quando poderemos nos ver, afinal?

Entrou entao na sala do clube.

Sam finalmente soltou o pulso da menina, quando sentiu que a distância já era o suficiente.

- Estou confuso - disse colocando as mãos nos bolsos. - Pensei que era isso o que garotos estranhos faziam. - e deu um sorriso torto.

Fitou a garota por algum tempo, um tanto sem jeito.

- Notei que você estava sem graça lá. - suspirou - já aconteceu comigo.

Lexi devolveu o sorriso torto.
- E isso vai acontecer comigo o ano todo.

Ela acabou por encostar a testa na parede e fechar uma única mão num punho, começando a esmurá-la com certa força. Em pouco tempo, a parede formava uma pequena rachadura.

- Não tem problema já que eu vou estar aqui o ano todo também certo? - Encostou-se na parede - Vou poder te salvar desses momentos.

Notou a expressão derrotada de Lexi, e aquilo lhe incomodava um pouco.

- Nossa. - queria mudar de assunto - Você é bem forte...

Lexi nem tirou o rosto da parede, apenas continuou socando-a.
- É preciso ter muita força para conseguir bater no meu irmão.

Depois de algum tempo, ela se afastou da parede, onde já estava fundo, devido a sequência de socos.
- Você está em que clube?

Sam riu da resposta da menina.

- Estou no clube de esportes - colocou a mão esquerda no queixo, de maneira pensativa - eu acho. E você?

Lexi riu da expressão pensativa dele.
- Estou no de música. E se está no de esportes, provavelmente vai conhecê-lo. Meu irmão, quero dizer.

- Música ãhn? - Olhou para Lexi. - Com sua força acho que deveria fazer luta livre ou algo assim. O que você toca? - disse rindo baixinho.

Essa garota é divertida. Quando estava parando de rir, coçou a cabeça.

- Seu irmão? -suspirou - Prefiro conhecer garotas, se é que você me entende...

- Eu toco guitarra.

Ela disse enquanto colocava as maos no bolso da saia.
- Então, você é safadeenho, né?

Ela disse com um olhar malicioso, em tom de brincadeira.

Guitarra, legal! Sam gostava de pessoas que tocavam instrumentos, mas aquilo lhe deixava um pouco mal, por não saber tocar nada.

- Eu sou um garoto de 16 anos, por favor, entenda as minhas necessidades. - Disse no mesmo tom de brincadeira.

Lexi soltou uma gargalhada, curvando um pouco as costas para trás.
- Perfeitamente! -Respondeu ainda brincando.

Sam também ria alto.

- Então Lex - Aproximou-se dela. - Você tem essas necessidades? - Disse em um tom um tanto sedutor.

Lexi percebeu a intenção de Sam com aquela afirmação.

Tirou as mãos no bolso, colocando uma na cintura, enquanto empurrava ele, no ombro, com o dedo indicador, de forma descontraida.
- Todos temos, mas nesse momento, eu já tenho alguém para satisfazê-las. Alguém que já conhece.

Ela dizia um pouco séria, um pouco brincalhona.

Sam se sentiu um pouco chateado com o fora, mas levou na brincadeira.

- Muito bem! - Disse rindo - Eu estou sozinho, mas vou arranjar alguém, logo logo, fique tranquila. - Piscou.

Lexi gargalhou com a resposta.
- A maioria das garotas aqui são bonecas de porcelana. Só servem para olhar, não para brincar.

- Mas ela é diferente, ela não é uma garota. É uma mulher. - Riu - Entendeu?!

Lexi arregalou os olhos, numa expressão imcrédulo.
- Então ... você é mais estranho do que eu achei que fosse.

Se só havia alunos ali, então uma mulher que ele estaria interessado, seria uma professora.
- Quer uma dica? Sai dessa vida.