Telhado

Damen foi seguindo ao caminho do telhado. Os anos passavam, as turmas mudavam, mas aquele lugar sempre fora vazio. Sempre fora seu lugar preferido.

Sempre gostara do silencio, afinal.

Apesar de já estar no topo da escola, gostava de estar literalmente em seu ponto mais alto. Parecia uma criança nesse sentido. Mas não era algo que pudesse controlar. Subiu pelas escadas e então ficou ali, no pequeno quadrado do telhado, sem barreiras, com a leve brisa e o sol ardente batendo em seu rosto.

Fechou os olhos, e se sentou em um canto qualquer.

Relaxou.

Yuu e Tsumiko chegaram então até ao telhado mas antes de lá chegarem tiveram de passar pela entrada e ele viu aquela rapariga loira mais o rapaz ruivo cujo qual lhe chamava de Shoujo-kun, ele simplesmente ignorou aquilo e continha-se para não atacar aquela rapariga, simplesmente continuo a andar e a puxar a Tsumiko a fingir que estava contente.

-Waa! Chegamos! E esta uma brisa agradável... - Sentou-se no chão e olhou para o céu ainda limpo e azul, mas já aparecia uma estrela. - Ei, Tsumi-chan, isto não é agradável?

Pegou novamente no telemóvel e entrou no chat e ele não estava lá, mas esperou que ele chegasse. Enquanto Star conversava com Lillie as aventuras que teve com Yuu. Só depois olhou para o lado e estava um homem também lá. Esta escola quer-me levar ao clímax só pode, um dia arrebento de tanto guardar os meus nosebleeds... Pensou e que possivelmente podia acontecer. Depois de se sentar deitou-se no chão a olhar para o céu.

Tsumiko aproveitava que Yuu estava distraido, para mentalizar que estava tudo bem. Que ela não ia cair. Ela tinha medo de altura, e o fato de ir pro telhado não ajudava muito.

Então eles chegaram. Tsumiko começou a tremer. Sentia a brisa, que era boa, mas seus olhos viam basicamente só o céu. Pensava em muitas coisas, e começava a ficar desesperada. Fechou os olhos, fingindo que gostava daquilo, apesar que não era a verdade. Preciso ser forte, pensava.

- S-sim... é agradável... muito... - dizia Tsumiko, com seus olhos fechados, embora ainda tremia. Por que ela não tinha sugerido o jardim?! Mas como sempre, foi tentar superar o medo, indo de encontro a ele.

Abriu rapidamente os olhos, para ver onde sentava. Se sentou ao lado de Yuu, e voltou a fechar os olhos, mentalizando que estava tudo bem.

Yuu viu que havia qualquer coisa de errado na Tsumiko. Talvez não devíamos ter vindo aqui... Pensou pela forma que ela agia.

-Tsumi-chan? - No momento em que lhe chamou e que estavam os dois sentados ele levantou-se e fez-la levantar também. - Se não estás confortável aqui vamos explorar mais a escola. - Sorriu docemente e pegou nas duas mãos dela. - Vamos para o jardim por exemplo.

Pegou nela e olhou uma última vez para o céu. Foi uns passos à frente dela a continuar a pegar-lhe a mão. Chegaram então até às escadas para descerem. Deslaçou a mão e meteu-a à vontade.

-Para onde quiseres! - E ficou atrás dela para a seguir para onde quer que fosse. - Tsumi-chan, desculpa a pergunta mas, já te apaixonas-te realmente, com um sentimento muito forte, por uma pessoa? - Olhava para o chão enquanto descia as escadas.

Tsumiko se sentiu bem ao ver que se preocupavam com ela. Mas não era algo que ela podia deixar. Tinha que ser forte, por ela mesma.

- Mas você queria vir pra cá, não me importo de ficar aqui ~ - disse ela, tentando se concentrar unicamente em Yuu, e não ao cenário ao redor dela. - E-eu estou bem. - disse. Mas quando ele citou 'jardim', ela logo se sentiu melhor. Não pôde evitar de assentir positivamente pra ele.

Foi com o garoto até as escadas, e depois começaram a descer. Para onde quiseres, pensou. Iria ao jardim mesmo. Se ela conseguisse achá-lo.

Ao notar que Yuu começara a falar, parou, e virou para ele no mesmo instante. Andou rapidamente até uma plataforma que conectava duas escadas para o telhado. Era escuro, e isso dava calafrios nela. Se ela não podia tentar confrontar seu medo de altura no momento, tentaria enfrentar seu medo de escuro, que, felizmente, era até um pouco fraco.

- Só por minha mãe que já senti algo forte. - disse, sem pensar duas vezes. Não gostava de falar no assunto, que já começava a sentir lágrimas brotarem de seu rosto. - Isso até ela morrer, e a família descobrir algumas coisas e... bem. Aí eu vim pra cá, já que não me queriam mais. - embora falasse coisas não muito boas, sorria. Sentia algo apertar em seu peito, mas se segurava. - Eu tive medo. Tive muito medo de me relacionar com as pessoas, e de ser abandonada como fui - continuava a sorrir, mas seu sorriso começava a se perder. - Embora eu sinta medo das coisas, eu passei a gostar de arriscar. - disse, olhando para baixo. Estava se estranhando. Apenas seu amigo do chat sabia tudo isso até então. É claro, não estava contando tudo para Yuu. Não conseguia contar tudo, e se contasse, tinha certeza que começaria a chorar sem parar. E ela tinha que ser forte. Prometera isso para si mesma. Resolver parar de falar disso. Por que estava falando de tudo isso, afinal?!- Mas respondendo a sua pergunta, não. Já sai com algumas pessoas, mas apenas porque tinha medo de ficar sozinha. Isso era ainda mais forte do que o medo de que me abandonassem.. - começou a sentir seus olhos lacrimejarem, ao se lembrar do que passou.

Evitou olhar pra Yuu enquanto falava. Murmurou um 'desculpe', e fez menção para que ele continuasse.

Era tarde, o sol estava se pondo e a noite anunciava sua chegada com um leve vento. Luna não estava com muita vontade de ficar trancada em algum lugar, queria ficar quieta e sentir os ultimso raios de sol do dia tocar seus cabelos prateados.
- Luna-sama não é triste ficar aqui tão sozinha? - Sora questionou
- Não...um pouco...mas tudo está acontecendo muito rápido desde o orfanato e as vezes não consigo me acostumar a tantas pessoas, isso me assusta um pouco. - Luna respondeu com um sorriso melancolico
- Vais tocar Lunaaa-sama? - Sora disse enquanto pulava de um lado pro outro
- Vou sim, uma música para dar boas vindas a noite que chega e a lua que logo virá - Luna diz enquanto limpa o chão com as mãos num cantinho do telhado e senta-se

Luna então molha seus lábios sutilmente, fehca os olhos e começa a tocar.

Damen chegou ao telhado com Kanae.

Foi em um canto qualquer, e sentou-se. Observou o céu nublado, calado.

Kana eficou um longo tempo em silêncio. Se sentou no chão também, não muito longe de Damen. Em pouco tempo, tirou um livro de bolso e começou a ler de ond etinha parado.

Damen refletia em diversas coisas. Resolveu deitar-se, com as mãos apoiadas na cabeça.

Escutou alguns ruídos, e imaginou que Kanae estivesse fazendo algo. Virou a cabeça para tentar notar o que era, olhando para a direção da mulher, e notou que ela segurava algo -um livro.

Pensou em comentar, mas estar ali, no silêncio, era tão bom para ele.

Kanae estav concentrada no livro. De repente, algo vibrou em seu bolso, fazendo ela soltar um pequeno grito de supresa.
- Que susto, era apenas meu celular.

Ela abriu e viu uma caixa de texto aberta.
- Você tem um novo SMS! De: Kaichou. Mas o que diabos é um SMS? - Kanae encarou o teclado por um tempo, sem saber o que fazer. Depois se virou para Damen, quase choromingando. - Damen, você sabe usar um telefone?

Damen se assustou com o grito de Kanae. Sentou-se, e esperou a mulher explicar a situação, mas estranhou o que ela dizia. A maioria das pessoas hoje em dia sabia mexer em eletronicos.

Levantou-se, e sentou-se mais próximo dela. Com calma, e com certa delicadeza, inclinou-se na direção da mulher, e tirando-lhe o celular. Depois fitou-a.

- SMS é uma mensagem que alguém te envia. - disse. - Normalmente são curtas, e são enviadas de celular para celular. - explicou.

Se a mulher não sabia nem o que eram SMS, provavelmente não saberia abri-las. Fez o tal trabalho, então.

Sem demoras, a mensagem estava no visor. Damen nem leu o texto, apenas entregou o celular pra mulher.

- É só ler.

Se afastou então, para o lugar que estava sentado antes.

Kanae apenas ficou ouvindo a explicação de Damen.
- Obrigado. - Ela leu o texto em silêncio e logo em seguida se levantou, batendo na saia do vestido, tirando a poeira. - Vamos, a palestra vai começar agora e a Presidente precisa da nossa presença.

Damen suspirou. Odiava a palestra. Era um falatório repetitivo, que ele preferia evitar. Por que não passavam aquelas informações em panfletos, em silêncio? Mas não. Tinham que fazer aquele estardalhaço.

- Acho que não tenho escolha.

Antes de sair de lá, fitou o céu. Queria que chovesse, mesmo. Mas talvez só ocorresse isso mais tarde... o que lembrava da palestra, e o tanto de horas que ficaria lá, sufocado, sem seu querido silêncio. Ótimo, pensou ele.

Kanae já estava saindo do telhado. Damen estava apenas se levantando.

- Vai assim mesmo para a palestra? - perguntou, repreendendo. - Parece que usa uma camisola, apertada e curta.

Não era algo ideal para uma professora, pensou.

Kanae riu da pergunta.
- Era essa mesmo a intenção do vestido. - Ela disse entre um sorriso, enquanto descia as escadas.

Damen se esforçou para não revirar os olhos.

- Sabe, não é algo próprio para se usar na situação atual, professora. - disse. Selecionou bem as palavras, sentia mesmo vontade de usar palavras como vulgar, indecente e falar coisas como Você deve servir de exemplo. Damen achava que, quanto menos falasse, menos assunto surgiria, o que seria a mesma coisa de mais silêncio. Era algo inversamente proporcional, reparou.

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Dia, posta na sala de conferencias depois, pf. o/

Sunna entra no telhado, olha em volta, e encontra Luna e Sora. Luna tocava uma música leve em sua flauta, e Sunna se hipnotiza, fica escutando a música por 2 minutos.
Ugh, a melodia da flauta de Yamada-chan é tão bela e doce...Minko-sama gostaria de ouvir, ela de Yamada-chan, quando se conhecerem melhor, poderiam ser grandes amigas. É MESMO! Minko-sama! Eu preciso avisar sobre isso!
Sunna vai até Luna e Sora, e fala desesperada:
-YAMADA-CHAN! YAMADA-CHAN! Minko-sama desmaiou na cama do quarto do nada! Ela ainda nem batimentos e a circulação está normal, mas ela está muito mal! Pálida e tremendo! Vamos lá!

Luna para de tocar na hora e olha assustara para Sunna
- etto, calma eu não sei o que posso fazer - Luna respondeu assustada, seu olhar seguia Sunna girando de um lado pro outro desesperada!!!
- Luna-samaaaa vamos ajudar, Minko-chan precisa de ajuda!!! - Sora começou a gritar e a entrar no mesmo ritmo de Sunna
- Ok, farei o que for possivel - Luna guardou rapidamento sua flauta

Luna, Sora e Sunna desceram as escadas correndo

Satoshi experimentou a porta e esta abriu-se, revelando o telhado. Aproximou-se da zona de rede. - Isto é lindo! Consigo ver a Reinbow toda daqui!

De repente, enquanto Satoshi apreciava a paisagem, o seu telemovel começou a tocar.

- Mochi Mochi? - disse ele, ao atender. - Oh, empresário Michael, como está? Ah... A ida a Nova Iorque? Pois, eu agora nao sei se posso. Ingressei numa escola particular, sim, sim, a Reinbow. Quando será o concerto? - Satoshi esperou um pouco. - Ah, só em dezembro? Aí são férias, sim, acho que devo estar livre. Não, nao, sem problemas. Adeus, adeus, gosto em ouvi-lo, obrigada.

Ele sentou-se no chão, ainda a pensar em como o seu futuro tinha mudado de um dia para o outro. Reviu a imagem do seu avô sorridente a dar-lhe um tambor, mas o tambor partira-se poucos dias depois do seu falecimento. Fora um momento muito triste, mas ele nao desistira.
Quando o pai lhe oferecera um piano, fora amor a primeira vista. Satoshi sempre admirara os pianos, eram instrumentos majestosos, elegantes e de um som formidável. Nessa altura, amara o seu pai mais do que tudo pela prenda... mas poucos anos depois disso, o pai desiludira-o.

- Nunca! Nunca deixarei que um filho meu tenha uma profissão assim! Sabes os custos? Sabes que poderás nao render nada? Achas que tocas assim tao bem?
- Sim, sim, pai, a professora Ayumi disse-mo. Ela sabe do que fala, já participei em varios concursos com ela e ganhei-os a todos! - pôs uma mao na boca assim que falou.
-Concursos? PARTICIPASTE EM CONCURSOS SEM ME DIZERES NADA? Quem pensas tu que és?

Satoshi tentou afastar esses pensamentos.

Hayato acabou por achar o telhado. Pretendia pensar no seu passado por lá, mas a única coisa que ecoava pela sua mente era 'isso é inútil, é uma perda permanente'. Hayato se sentia mal e péssimo, pensando nisso. Aquilo doía fortemente em seu âmago. Seria ele quem ele pensava que era, Ayumu Hayato? Como que era Ayumu Hayato?

Não conseguir responder aquelas perguntas era deprimente e humilhante. Sentia-se inútil, mas com uma vontade enorme de deixar-se levar pelas emoções e chorar.

Mas voltou ao normal logo depois. Ao pisar, mais e mais pra frente na área, sentia a brisa gostosa do vento bater-lhe no rosto. Era algo bom, mesmo bom. Hayato adorava isso, sentia-se livre. E isso melhorou seu humor.

Talvez ele não precisasse do passado, afinal. Ele podia começar a guardar ternamente o que aconteceria dali pra frente... e... seria o suficiente. Foi tentando pensar positivamente, quando notou um garoto por ali. Aproximou-se dele, com um sorriso no rosto, enganando um pouco, seus próprios pensamentos.

- Olá! - cumprimentou-o, parando na frente dele. - Posso me sentar aqui? - perguntou.

Perguntou a si mesmo se todas as pessoas desse ramo passavam por isso. Se todas elas eram rejeitadas pelos pais, se todas elas eram obrigadas a trabalhar duro.
Satoshi lembrou-se em como passara a ser escoltado a ir e a regressar da escola diariamente desde que o pai descobrira que ele participara em concursos sem o informar. E como, meses depois, decidiu desobedecer e o pai expulsou-o de casa.
Conseguira arranjar um trabalho, mas dormia na rua e a unica coisa que comiam eram os restos da comida do restaurante. Escondera-se sempre que via os colegas entrar no seu local de trabalho pois nao queria que nnguem soubesse.
Passaram se dois meses e ele continuava na rua. Ia a escola diariamente e conseguia tomar banho e mudar-se em casa do tio, que secretamente o deixava entrar, sem os seus pais saberem.
Quando a policia o encontrou, tao jovem, a dormir na rua, chamaram os seus pais e eles apareceram. Estavam tao magros, tao infelizes por nao o encontrar. Assinaram um papel responsabilizando-se por ele e levaram-no a casa.
O pai começou a aceitar o seu gosto de outra forma, mas nao desistia. Agora queria que Satoshi fosse advogado e que se dedicasse a musica nos seus tempos livres mas Satoshi ainda nao estava satisfeito. Era timido, nada divertido e argumentista, e nao tinha jeito nenhum para isso. Nao queria ser um falhanço.
Apanhou um susto quando a porta se abriu e entrou um rapaz, com um ar um pouco solitário. Satoshi apressou-se a desviar o olhar para que o rapaz nao se sentisse exposto, mas pelo contrário ele dirigiu-se a ele, perguntando-lhe se se podia sentar.
- Claro que sim. - Satoshi sorriu e olhou para o céu. - Para si, de que cor está o céu hoje?

Pulseira de Nanami:

Spoiler:

Nanami entrou e fez um estrondo ao bater a porta na parede. A mesma se assustou, mas ignorou quando viu a paisagem. Ela foi correndo para a grade de proteção, diminuiu a velocidade pois tinha medo de altura.

Chegando lá, entrelaçou os dedos na grade e ficou olhando a escola e o mar.

Depois de um minuto ela notou que um pouco distante dela estava sentados dois garotos.

Um deles era Satoshi.

-Vai até ele! - sussurrou Nina.

Nanami se assustou por que estava tão destraída que esqueceu que sua chara viera com ela.

-Como eu falei: Diga oi e espere o que vem a seguir, nao pense em nada. Faça primeiro, pense depois. - Nina piscou para Nanami.

Então Nanami fez o que Nina lhe disse, ela engoliu o ar, armazenando-o nos pulmões, fechou as mãos em punho bem apertado e saiu com passadas fortes para Satoshi, então ela soltou o ar levemente.

-Olá Satoshi... Sou eu, a Nanami, a última vez que nos falamos foi no ônibus pra cá. - ela começou a ofegar por causa que prendeu o ar.

Ela ficou esperando por uma resposta, plantada.

Satoshi esperou por uma resposta do rapaz a seu lado mas viu que ele estava noutra. Via-se que ele estava mal e ele já tinha em mente aquilo que devia dizer-lhe para o acalmar mas se calhar aquele momento não seria o melhor. Talvez pudesse esperar por outro.
Assustou-se um pouco quando ouviu a porta bater com um estrondo e depois escutou o seu próprio coração a bater mais ruidosamente. Era Nanami que ali estava, a mesma que ele procurara à nao muito tempo atrás. Perguntou-se se nao devia ia falar com ela mas antes que o pudesse fazer viu que ela já se dirigia para ali.
- Ah, sim, eu lembro-me. Olá, Nanami-chan, tudo bem? - ele sorriu. - Aconteceu alguma coisa? Não parecias estar muito bem.

Pulseira de Nanami:

Spoiler:

Nanami viu que o garoto lhe perguntara se estava tudo bem.

Será que está tão óbvio assim? perguntou a si mesma.

-Na-não Sakurai-kun! - ela começou a se balançar com os calcanhares. - Só, apenas, confusões... Mas está tudo bem, depois resolvo tudo... - Nanami cruzou as mãos por tráz das costas e olhou pro chão. - Então... O que fazes aqui? - Nanami viu que o sol estava na metade do caminho para o mar. - Deve ser um lindo pôr do sol né? - agora falou olhando para Satoshi.

Cara! O garoto do lado dele tá morto, só pode. Pensou.

- Podes chamar-me Satoshi. - disse, sorrindo. - Bem, se precisares de ajuda para resolver essas "confusões" podes contar comigo. Dizem que sou muito bom a dar conselhos, lá sabem eles porquê.
Satoshi pensou no que diria. Será que lhe podia dizer tudo? Ele tinha vontade de lhe contar a vida toda e de chorar no seu ombro. Isso era estranho. Optou por contar a coisa mais pequena.
- Vim para aqui ver o céu e falar ao telemóvel. Como sabes quem eu sou e gostas de mim... hã, não é que gostes de mim mas sim que gostes do meu trabalho, sim, pois... Como gostas do meu trabalho, vou contar-te... Mas é um se-gre-do, ok? Era o meu agente a dizer que terei de dar um concerto na América.. Eu estava indeciso, mas é na altura do natal e nao haverá problemas, certo? O meu maior medo é se o facto de estar aqui poderá dificultar o meu sucesso... O que achas?