Refeitório e Cantina

Remie olhou relutante para baixo.
- Não trouxe dinheiro algum comigo. - comentou, olhando para baixo. - Bem. Outro dia eu faço isso então. - colocou as mãos por trás da cabeça, e levantou-se da cadeira.

À medida que ficava tarde, achava que era melhor ir dormir. Por um lado, estava relaxado que suas malas estavam arrumadas. Por outro, tinha quase certeza de que Lexi nem começara a fazer as suas.

- Já se arrumou para amanhã? - resolveu perguntar.


Hime escutou aquilo com os olhos arregalados.
- Engula tudo isso antes de falar! - repreendeu, séria. - Eu tenho prazer o suficiente assim. - comentou, desviando o olhar, comendo batata por batata ainda.

Lexi riu.
- Tudo bem, não me importo de pagar para você. - Ela disse retirando do bolso do casaco uma mão lotada de moedas. - Acho que essas serão suficientes.



Kai riu em deboche. Se levantou e andou até a máquina, pegando outro pacote de batatas. Abriu e o mostrou para Hime.
- Você vai pegar um punhado cheio e colocar na boca! Vamos, não aceito um não como resposta e a morte não é opção.

Hime não obceceu.
- Hime, é melhor que faça isso antes que eu volte a fazer cócegas e enfie todas essas batatas pela sua goela abaixo.

Remie anuiu.
- Normalmente a situação é sempre inversa nas histórias. - disse, com um sorriso de canto, desanimado. - Mas tudo bem. Eu te pago depois.

Ficou feliz com a situação, embora seu sorriso fosse quase imperceptível.

- Bem... onde é que tem uma máquina dessas então? - perguntou, mais animado.


Hime ficou com uma face mais e mais incrédula a cada instante. Seus olhos estavam praticamente esbugalhados.

Pensou primeiro em aceitar a oferta, mas... sempre fazia isso. Toda vez que a chantageavam com cócegas, ela sempre cedia. Talvez porque odiasse cócegas ou coisas assim, nem ela sabia ao certo. Mas tentou fazer diferente dessa vez, embora com medo de dar errado.

- Eu não vou fazer isso. - negava, sem tirar a face assustada.

Levantou-se rapidamente, e foi correndo para um pouco mais longe de Kai.

- Não vai conseguir fazer cócegas se eu estiver longe!~ -comentou, em um tom mais divertido, enquanto se afastava refeitório adentro.

Lexi sorriu convencida.
- Eu gosto de quebrar as regras! Devem estar lá fora.

Ambos sairam da cozinha e viram dois professores conversando. Eles ignoraram os dois assim como eles fizeram o mesmo. Foram juntos até uma máquina onde Lexi escolheu uma Coca Cola para ela.
- Vai querer o que?



Kai sorriu maliciosamente.
- Hime-chan, eu posso alcançá-la facilmente. Afinal, você tem que carregar uma carga extra.

Hime a princípio não pareceu entender, mas depois percebeu que Kai se refeiras a seus seios. Estava tão distraída em seu pensamentos que não teve tempo de fugir quando ele correu até ela e passou um braço por sua barriga, ficando atrás dessa, começando a fazer cócegas e impedindo-a de se afastar.
- Agora, diga "Ahhhh".

Remie mantinha um sorriso durante todo o percurso, embora começasse a se sentir sonolento. Não demoraram para chegar às maquinas, onde a primeira coisa que Remie fez foi procurar um lugar perto para se sentar.

- Pra mim pode ser o mesmo ~



Hime corou e se sentiu envergonhada quando finalmente entendeu o que Kai quis dizer, e isso a fez perder velocidade.

Kai pareceu se aproveitar, e foi em direção a Hime, puxando-a para si, fazendo Hime corar ainda mais e se sentir mais aquecida. De começo, não era algo ruim. Era bom sentir as mãos ternas de alguém sob seu corpo, ela não podia negar. Mas logo Kai começou a fazer cócegas, e isso não era bom. Felizmente, foi algo rápido.

O professor, com a outra mão que não segurava Hime para si, estendeu o Ruffles para Hime pegar. Esta entretanto, não parecia querer ceder fácil.

Levantara o rosto para poder olhar nos olhos de Kai, embora falhara. Por isso, voltou sua cabeça para a posição normal, e negou.

- Não espere que eu faça isso por mim mesma. - disse.

Lexi pegou uma Coca Cola para Remie e entregou a este. Viu a cena entre os professores e soltou um suspiro.
- Um casal feliz.

Ela soriu para Remie.
- Quer ir para o quarto? Você parece cansado.



Kai riu bastante.
- Tsk Tsk Tsk. Se não vamos pelo amor, iremos pela dor. - Ele afirmou enquanto parava com as cócegas e segurava Hime com mais firmeza, para que não fugisse.

Esta abriu a boca para falar algo e ele despejou boa parte das batatas dentro da boca dela. Hime fez menção para cuspir as batatas mas Kai colocou seu queixo sobre a cabeça dela, fazendo-a trincar os dentes.
- Você tinha que escolher o caminho mais difícil. Podia se ruma experiência tão prazerosa.

Remie só então notou as outras duas pessoas do refeitório.
- Parece que ela está sofrendo. - comentou, pegando a Coca, e bebendo um pouco.

Bocejou de sono, de uma maneira que Lexi notou sem demoras.

- Se você quiser... Mas não ligo de ficar aqui mais um pouco.



Hime se sentiu mal com a situação. Kai parecia uma criança quando queria, e agora era um desses momentos. Hime não gostou nada mesmo, mas dessa vez não teve escolha: Acabou com muita coisa na boca, e a melhor solução era engolir tudo aquilo.

Ao contrário do que Kai dissera antes, não sentia prazer algum fazendo aquilo... muito menos naquela situação. Esperava que ele não insistisse em faze-la comer o pacote todo daquela forma, e felizmente, isso não aconteceu.

Após comer (forçadamente) as batatas, Hime continuou na mesma posição. Queria ficar daquele jeito com Kai pelo menos só mais um pouco, o suficiente para ele não notar que ela gostava daquilo.

Lexi riu e andou até o local onde Remie estava, dando dois tapinhas muito leves no topo de sua cabeça.
- Você ainda tem muito o que aprender.

Ela também bocejou e acabou bebendo mais um gole da Coca.
- Está se esquecendo de um pequeno detalhe, não? .... As malas.



Kai ficou naquela posição, esperando que Hime terminasse de comer. Enquanto esta mastigava, discretamente abaixou um pouco a cabeça, sentindo o cheio do shampoo de Hime.
- Seu cabelo tem cheiro de mel.

Remie continuou bebendo a Coca, relaxado.

- Yuu me ajudou a arrumar as malas, hehe ~ - disse. - Foi quando te encontrei no corredor.

O ruivo marcou, mentamente, um ponto para si mesmo: Ela realmente não tinha arrumado sua mala.


Kai parecia não se importar com ela ali nos seus braços, então se aconchegou um pouco mais, deixando o corpo mais relaxado. Levantou então um pouco a cabeça para responder.

- Não gosta? - perguntou, sem interesse na voz.

Hime, quanto mais ficava daquele jeito, mais começava a sentir sono, o que não era algo impossível, levando em consideração as horas.

- Está tarde, não quer ir dormir? - perguntou para Kai.

Lexi sorriu.
- Entendo. Bom, ainda nem desarrumei minhas malas então creio que não terei problema.



Kai ficou calado alguns instante, o que era raro, pois sempre conversava muito. Ouviu a pergunta de Hime e por um momento arrastou a ponta do nariz pelos fios dourados dela.
- Na verdade, esse cheiro me abre o apetite.

Kai soltou um leve suspiro e soltiu Hime. Quandoe sta se virou, ele já possuia o normal sorriso no rosto.

Remie ficou com um rosto de expressão normal então.
- Mas não seriam coisas demais para levar? - perguntou.

Bocejou então novamente.

- Ok, retiro o que eu disse antes. Acho que eu realmente quero dormir. - disse para Lexi, coçando os olhos.


Hime nada comentou, apenas ficou em silêncio, curtindo aquele momento até Kai a soltar.

Seus olhos estavam sonolentos, e sua voz também estava ficando mais puxada. Hime conseguia ficar com sono assim do nada, praticamente. Nem ela se entendia quanto a isso.

Virou-se para Kai, e este estava completamente como antes. Coisas como o que acabou de acontecer eram normais para ele, Hime custava lembrar. Mas isso pouco importava agora. A professora só queria uma cama macia para se deitar.

- Bem, vamos então... - disse, indo na frente de Kai até a entrada.

Lexi ficou feliz quando Remie lhe chamou para ir dormir. Estava realmente cansada.
- Afinal, onde está o Yuu?



Kai segiu Hime em silêncio, sem nada perguntar durante todo o trajeto até os dormitórios, onde se separaram e foram dormir.

Remie olhou para baixo, se levantando e jogando a lata de Coca Cola no lixo.
- Eu não vi ele desde que nos separamos nos corredores... - dizia ainda olhando cabisbaixo. - Mas o veremos amanhã de certeza!

Foram andando juntos e conversando para fora do refeitório.

Nanami só comeu um prato, estava com muito sono, então limpou-se e foi para seu dormitório.

Quando Yurippe chegou no refeitório, com uma das mãos ainda no rosto, tentando acreditar que aquilo realmente havia acontecido, notou que ela e Dorimu eram as únicas presentes no grande salão. Notou também que aquele seria seu primeiro café da manhã sem Yuuto, sentiu um frio na barriga, mas não sabia dizer se era fome, ou medo.

- COMIDA!! - Dorimu chorava, de fato, implorando por comida. - YURIPPE!! ME DÊ AO MENOS ATENÇÃO!

- Dorimu, vou lhe perguntar uma coisa. Seja sincera, ok? - Yurippe cochicou. - Você acha que Kyome não gosta de mim?

Dorimu apenas fez uma cara de tédio, não acreditava que estavam tendo aquela conversa aquela hora da manhã. Apenas concordou com tudo o que Yurippe falava, sem ouvir. Esperava anciosa pela comida, que provavelmente ja estaria chegando.

Depois de terminar as malas o Sr. Inácio foi em direcção ao refeitório, estava na altura de servir a primeira refeição do dia.

Animado, como sempre, o Inácio começa a por as mesas. Pratos, talheres, canecas, guardanapos... Não demorou a ficar tudo pronto.

Ele olha para o relógio, ainda não estava atrasado mas o horário já apertava.
- Daqui a pouco a juventude chega é melhor acelerar o ritmo~

Foi para a cozinha e começou a partir os ovos para a massa das panquecas.
- Hohoho!
Não era a primeira vez que fazia tal proeza, mesmo com aquela idade mantinha os seus dotes culinários e a sua destreza a 100%. Era um motivo de orgulho mas Inácio não era dessa natureza. Para ele as pessoas gabarolas só levam o mundo à desgraça.

- Terminado~
Entretanto uma rapariga tinha chegado ao refeitório.
- Bom dia menina - sorriu gentilmente enquanto a servia as panquecas deixando um boião com doce na mesa - Quer leite?

Alice entra ao refeitório, e se senta em uma pequena mesa, que guardava lugar para as amigas. Ela vê uma garota com chara e Inácio.

- Bom dia Sr.Inácio. Irá ao acampamento?

Matsuo veio andando a passos bem lerdos, ao refeitório.
Primeiro, estava sozinha.. segundo, estava sem Kao, terceiro, seu famoso ataque de desistencia em ação. Reclamava por não ter arrastado Kao consigo, quando abriu a porta do refeitório viu que não havia quase ninguem lá, até avistar Alice e ficar contente.
-Alice-chan!! - chamou correndo até perto da garota. -Bom Dia! - disse contente. Logo notou que a garota falava com um senhor. -Er.. desculpa.. eu interrompi? >///< .


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Ele tava vindo neh, fazê D:
por nenhum motivo, n queria traze-lo ao refeitório, mas ele está sem comer a tempo :v
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Shigeru entrou no refeitório seguido do gato, mas um nenhum motivo, o mesmo travou na porta.
...?, pensou, logo escutou uma vóz conhecida e suspirou.
-Se quiser ir embora.. - e entrou no refeitório, não havia ninguem. Ou eu podia ter atrazado bem mais, ou eu aproveito que não tem ninguem para comer em silêncio.., pensava :v.. segunda opção, por favor! õ/

No final, entrou com o gato o seguindo, apreensivo oxo
.... pegou um pratenho (:v) e sentou-se. :vvv

Tontom ficou escondido embaixo da cadeira :vv

Alice vê Matsuo chegar, lerda e sonolenta.

- Bom dia, Matsuo-chii. Não está atrapalhando não, na verdade, o Sr. Inácio é quem arruma as coisas aqui na cantina para nós comermos, pelo o que eu vi quando cheguei, sente-se. ~

Ela bate a cabeça na mesa.

- Preguiça de ir no acampameeeeento. T_T

Kozue entrou calmamente na Cantina, enquanto Nazuna correu até Inácio e pulou em seus braços, dando-lhe um grande abraço.
- Ohayo! - Ela afirmou alegremente. - Nee, você também vai para a viagem certo? Por que se você não for, a mamãe também não vai deixar eu ir sozinha!

- Nazuna, uma coisa de cada vez. - Kozue ralhou com com ela. Depois, sorriu para Inácio. - Ohayo Inácio-san.

Matsuo olhou para o senhor:
-Olá Sr. Inácio! - comprimentou formalmente. -Ohh, sim sim! - respondeu a Alice, pondo-se a sentar o lado desta.

Ela riu da atitude de Alice, bater a cabeça na mesa lol.
Fez carinho na cabeça da amiga.

-Eu estou com medo de ir x.x;;;.. mas Alice-chan vai estar comigo não vai..? Ai eu não tenho.. er.. tanto medo.. - fez bico e batia os dois dedinhos juntos sem graça. -Ééé.. eu sou patética. - riu, sem graça.

Ela recebeu um cafuné da amiga, e esta riu do que ela falou.

- Vou ficar sim do seu lado ~~ Só soube que a Kao, a Sunna e a Jin, a chara da sua colega de quarto, vão caçar fantasmas ao ar livre com uma câmera fotográfica, e vou tentar fugir das fotos que elas vão tirar!

Ria novamente. Com os amigos, Alice estava sempre rindo.

- Estou levando acho que uns trocentos livros...eu já li milhares, mas nem terminei de ler ou comecei a metade dos que eu tenho. É divertido pegar os que não são meus da biblioteca para ler. ~

Ela tirava a franja do olho, e prendia para o lado com uma presilha de cabelo qualquer, para poder comer. Mas não ia no momento, esperaria Matsuo chamar.

Yurippe sorriu.

- Adoraria! - Disse para o homem que lhe oferecera leite.

Os olhos de Dorimu brilhavam de tamanha satisfação, finalmente iria comer.

- Dois copos, se possível. - Yurippe olhou para Dorimu - Estou com muita fome hoje de manhã! - Mentiu.

-Jiin... - fez uma pose pensativa. -Siim, elas estavam tramando acordar a minha colega de quarto.. eu deixei sabe.. não sei se eu poderia fazer algo.. acho.. - ainda pensava se havia sido uma boa idéia o.o

Matsuo bateu palma animada:
-Livros! Eu nunca escreverei um bom! - riu. -Podemos ler juntas? ... claro, se você quiser.. - disse timida novamente. Olhou para os lados: -Vamos pegar nossos pratos? - sugeriu, levantaria-se com a amiga logo que esta concordasse.

Alice sorri.

- Grande coincidência! Eu ainda quero escrever um, mas nunca vou conseguir fazer algo que realmente preste!

Ela se levantou, e respondeu a amiga.

- Claro, estou com fome, e o acampamento é meio longe.

Ela vai caminhando com Matsuo até o local aonde estava o café, pega um prato com panquecas, e volta até a mesa, os deixando lá. os pratos estavam lá, na frente das duas cadeiras que haviam. Não sabia o gosto de Matsuo de acordo com as bebidas, então resolveu perguntar para ela.

- Matsuo-san, leite, suco, água ou café?